terça-feira, 30 de julho de 2013

Estudo mostra diferença entre evangélicos que participam da Marcha para Jesus e católicos presentes na missa em Copacabana

Estudo mostra diferença entre evangélicos que participam da Marcha para Jesus e católicos presentes na missa em Copacabana
Depois da grande mobilização feita por católicos em virtude da visita do papa Francisco ao Brasil para a Jornada Mundial da Juventude, o Instituto Datafolha divulgou uma análise na qual compara o perfil dos católicos que foram à Copacabana assistir à missa celebrada pelo pontífice com o dos evangélicos presentes na Marcha para Jesus, realizada em São Paulo em junho.
A análise, que levou em conta fatores como sexo, escolaridade e frequência à igreja, mostrou uma grande diferença entre os fiéis dos dois segmentos do cristianismo. Marcados por fortes diferenças, os dois grupos religiosos participantes de tais eventos tem em comum apenas a idade média de 31 anos e uma presença maior do público feminino.
As mulheres representam 52% dos presentes na missa realizada em Copacabana, já na Marcha Para Jesus esse número sobe para 57%.
A frequência aos encontros religiosos também é diferente entre católicos e evangélicos. 50% dos peregrinos de Copacabana afirmam que vão à igreja mais de uma vez por semana, enquanto esse índice atinge 75% entre os evangélicos.
Os números mostram também que os católicos são mais escolarizados do que os evangélicos, o que faz com que tendam a ter mais renda. Enquanto 59% dos católicos têm curso superior, esse nível de escolaridade é encontrado em 34% dos evangélicos, entre esses a maioria (56%) cursou o ensino médio.
Porém, evangélicos dizem doar mais à igreja do que os católicos: R$ 220 de média mensal ante R$ 86,08.
O Datafolha mostrou ainda que o nível de escolaridade entre os públicos dos dois eventos contrastam bastante com a média da população brasileira, já que apenas 17% no país têm curso superior e 42%, ensino médio.
Veja o infográfico da pesquisa:
catolicos-evangelicos
Fonte: Por Dan Martins, para o Gospel+

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

Sinal do Apocalipse? Rio Eufrates está secando


Pesquisa indica que leitos de rios Tigre e Eufrates atingiram o nível mais baixo da história.
Os estudiosos das profecias bíblicas oferecem várias interpretações para os textos que anunciam os sinais apocalípticos. Mas alguns parecem ser bem claros. O texto de Apocalipse 16:12 diz: “E o sexto anjo derramou a sua taça sobre o grande rio Eufrates; e a sua água secou-se, para que se preparasse o caminho dos reis do Oriente.”

Embora a Bíblia não forneça maiores detalhes de como isso ocorreria, desde o ano passado os cientistas alertam que, de fato, o Eufrates e o Tigre, principais fonte de água potável do Oriente Médio, estão secando.

O motivo seria a maneira inadequada como Iraque, Turquia e Síria usam as águas daqueles rios para a agricultura. Existem sete represas do Eufrates na Turquia e na Síria, segundo as autoridades iraquianas. Sabe-se que eles alcançaram o menor volume de águas da história. Há quem acredite que em breve poderá ser a metade do que era. E não parece haver sinais de recuperação de seus leitos.

A população que costumava viver às margens do Eufrates testemunharam seu recuo e com isso, foram obrigados a abandonar as fazendas. Com isso, pescadores e agricultores empobrecidos continuam fugindo para cidades maiores à procura de trabalho.

Primeiros a se beneficiarem do represamento das águas do Eufrates e do Tigre, o Iraque construiu duas barragens para irrigação agrícola e controle de inundações, quando o país ainda pertencia ao Império Otomano. Mas no início de 1990, a Síria reduziu o fluxo de água do rio Eufrates para o Iraque em 75%.

Ao mesmo tempo, governantes turcos afirmam que a água dos rios Eufrates e Tigre nascem na Turquia, o que lhes daria o direito de desviar a água e construir barragens para o desenvolvimento da região. Enquanto os governos discutem o rio continua secando.

Satélites israelenses detectaram a maior perda de água no Tigre e no Eufrates desde 2003, disse Alex Vishnitzer, diretor da Companhia de Água Israel, a Mekorot. “A bacia desses rios perde a cada ano uma quantidade de água suficiente para satisfazer as necessidades de dezenas de milhões de pessoas que vivem na região, dependendo das regras de uso regional”.

Ele publicou um artigo sobre o assunto na edição mais recente de uma conceituada revista científica, resultado de uma parceria entre o Instituto de Tecnologia Technion de Israel e o Goddard Space Flight Center da NASA. A pesquisa baseou-se em dados coletados ao longo de um período de sete anos por satélites israelenses que monitoram as mudanças globais em reservas de água.

“Os dados mostraram uma taxa alarmante de declínio no armazenamento de água dos rios Tigre e Eufrates”, disse Vishnitzer. A maior parte, cerca de 60%, foi drenada através de bombeamento das águas, o que normalmente aumenta durante e após o período de seca na região. Segundo os dados coletados, mantida essa média, não irá demorar muito até que os leitos fiquem totalmente secos. Com informações Israel en Linea e New York Times.

 Fonte: Gospel Prime

domingo, 10 de fevereiro de 2013

Os riscos de mudanças na lei que atacam princípios cristãos

Os riscos de mudanças na lei que atacam princípios cristãos

Artigo cristão escrito por Rubens Teixeira
 
A legislação brasileira é fortemente influenciada por princípios cristãos. Afinal, nosso país tem população com ampla maioria de formação cristã. Não há como extirpar princípios arraigados na sociedade, sejam eles religiosos ou filosóficos, e afastá-los da formação do pensamento social predominante, inclusive com reflexos no ordenamento jurídico. Porém, diversos temas estão sendo debatidos com fins de resultar em alterações que confrontam princípios e pensamentos da maioria dos brasileiros. Alguns deles dizem respeito ao direito mais caro ao ser humano: o direito à vida.
Eutanásia
Um dos temas contemplados é a mudança na pena aplicada no caso de eutanásia. A alteração no Código Penal Brasileiro prevê uma pena mais branda para este tipo penal. Essa modificação confronta com o compromisso que os médicos fazem de utilizar todos os seus esforços para resguardar a vida. A preservação da vida não deve ser o foco apenas na legislação aplicável aos profissionais da saúde, mas em todo ordenamento jurídico brasileiro.
Aborto
Outro assunto importante, que está se buscando modificar, é o afrouxamento da lei com relação ao aborto. A reforma prevê que, no caso da mãe não ter condições psicológicas de criar a criança, o aborto, se realizado até o terceiro mês da gestação, passará a não ser considerado crime. O Código Penal já prevê duas possibilidades de aborto que não são crimes: o aborto terapêutico (quando a vida da mãe está em risco) e o honroso (em caso de estupro). Abrir espaço no caso da mãe não ter condições psicológicas de educar o filho é praticamente autorizar o aborto, desde que ela queira. De uma maneira geral, uma mãe querer abortar é porque, de alguma forma, já rejeita o feto. Ora, se uma mãe não pode criar o bebê, não haveria outra pessoa para substituí-la? A solução seria matá-lo?
Deixar a vida à disposição de uma opinião tão flexível é algo estarrecedor. É dar discricionariedade ampla a uma hipótese que precisaria ter reprovação máxima por ter contornos de crime hediondo. Seria uma distorção e desprezo do Estado que não deveria compartilhar o monopólio da violência com entes que deveriam estar no pólo contrário: ao invés de usufruírem do direito de matar, deveriam ser guardiões do direito à vida.
Cabe ressaltar que o aborto honroso (decorrente de estupro), que não é criminalizado, pois tem a sua excludente de ilicitude prevista na legislação, já encerra em si algo esdrúxulo juridicamente. O estuprador, que gerou o feto, tem pena de 6 a 30 anos, de acordo com o artigo 213 do Código Penal. A pena máxima de 30 anos ocorre se resultar na morte da vítima. O feto, que em nada contribuiu para que o crime ocorresse, tem um fim que se assemelha a uma pena de morte em que o carrasco, médico, fez juramento prévio em defender a vida. Ou seja, quem não contribuiu em nada para que viesse ao mundo é que paga com a sua vida o “conserto” do crime. Não quero condenar quem abortou ou quem venha a abortar nessas circunstâncias, mas entre a permissão legal para matar e a vida, nesse caso, sempre tentarei defender a vida.
Afinal, o aborto jamais deveria ser descriminalizado. Ao contrário, deveria ser encaminhado ao Tribunal do Júri por tratar-se de crime doloso (com intensão de matar) contra a vida.
Redução de idade do estupro presumido
Em outra tentativa de afrouxamento da lei, está a redução da idade do estupro presumido. A proposta é reduzi-la para 12 anos, sob alegação de que o menor, atualmente, tem mais conhecimento e pode discernir melhor sobre a questão sexual, entre outras coisas mais. A legislação atual visa protegê-lo. Sua flexibilização o tornaria mais vulnerável e daria mais permissividade aos adultos de “usufruírem”, com menor risco, de relações sexuais com pessoas bem mais jovens. Mas, por mais que uma criança menor de 14 anos seja conhecedora de assuntos relacionados à sexualidade, ela não tem o mesmo discernimento que um adulto e, se um maior a quiser seduzir, terá que responder por isso, ou buscar pessoas mais velhas para atender seu interesse. Evidente que o único benefício trazido por esta legislação é proteger adultos que queriam relacionar-se sexualmente com crianças menores de 14 anos. Seria este objetivo nobre?
Enfim, pretende-se, nessa tentativa de redução da idade do estupro presumido, deixar de lado o supremo interesse do menor em benefício do que pode ser, na mente promíscua de alguns, o “supremo interesse sexual do maior”. Uma homenagem à pedofilia e um desprezo à dignidade das crianças.
Questões relativas a homossexuais
Outra alteração importante que pretendem implantar está relacionada à questão homossexual. O argumento é de que se pretende combater o preconceito, que é extremamente reprovável e merece ser combatido, porém, nem mais e nem menos do que todas as outras formas de discriminação. Se for elaborada uma lei que privilegia um tipo de preconceito em relação aos demais, seria um altar ao preconceito no texto da lei, pois, tal diploma legal discriminaria todos os demais tipos de preconceito. Com isso, os homossexuais acabariam sendo excluídos, pois a convivência com eles poderia representar risco de mal entendidos e complicações jurídicas. Além do ápice do preconceito, seria a criminalização da opinião contrária ao homossexualismo, vulnerabilizando, assim, o direito à opinião e à liberdade de expressão consagrados na Constituição da República e na Declaração Universal dos Direitos Humanos.
Se formos valorar os efeitos de um preconceito pela sua abrangência na sociedade, o grupo de pessoas mais afetado é o composto por pobres e miseráveis. As consequências são devastadoras e possuem exemplos fartos. O pobre é privado de uma série de ambientes e oportunidades. Assim, se nos dedicarmos ao combate à pobreza, dissiparemos ou atenuaremos outros preconceitos, como contra homossexuais, negros, etc. O combate ao preconceito aos homossexuais e os demais tipos, igualmente reprováveis, devem ser feitos com educação e conscientização da sociedade. Os resultados aparecem mais lentamente, mas serão sólidos e duradouros.

Estatuto da Diversidade Sexual
O objetivo que se apresenta para esta inclusão no ordenamento jurídico é proteger os direitos dos homossexuais e combater a homofobia. Entretanto, o estatuto limita o poder das famílias de educarem seus filhos em sua opção sexual. O Estado passa a tutelar a criança que, em sua visão, será um possível homossexual, atacando os valores morais e fragilizando-os por meio de uma norma legal. Seria o aniquilamento de valores cristalizados na maioria da sociedade brasileira de forma coercitiva por uma lei. Querem fazer uma experiência com a sociedade colocando crianças e adolescentes em uma situação futura cercada de incertezas. Muitos homossexuais afirmam ter sido violados sexualmente em sua infância. Por conta disso, é melhor que se oriente as famílias a terem medidas prudenciais com relação as crianças pois os efeitos, em todos os sentidos, serão mais benéficos.
Se uma criança, jovem ou adulto for maltratado, desrespeitado ou sofrer qualquer dano por ser homossexual, ou pobre, ou por ser uma pessoa especial por conta da sua fisiologia, ou por qualquer outra razão decorrente de preconceito, já há legislação suficiente para punir o infrator e proteger a vítima. A criação do Estatuto da Diversidade como está previsto poderá ser um incentivo ao homossexualismo. A quem interessaria o ensino e a propagação desta prática?
 
Adoção homossexual
Estão vulnerabilizando crianças, submetendo-as a testes ao serem criadas por homossexuais, que vivem como se casal fossem, por meio da adoção. A opção sexual, como qualquer outra, é uma escolha individual, mas permitir que uma criança, vulnerável, seja criada por duas pessoas que vivem uma relação homossexual é dar uma perspectiva incerta para a sua formação psicológica, em que há a necessidade do referencial masculino e feminino. Talvez estejam vulnerabilizando o supremo interesse do menor para prestigiar um eventual supremo interesse de alguns homossexuais.
 
Descriminalização das drogas
Outra modificação que está em debate é a descriminalização das drogas. A maioria dos que defendem esta posição acreditam que esse passo inibiria a violência decorrente do tráfico. Ocorre que as drogas causam danos graves à saúde e sua banalização, certamente, faria seu uso espalhar-se mais rapidamente na sociedade. Caso a venda também fosse descriminalizada, o preço da droga legal seria certamente maior que o de produção clandestina, especialmente por conta da elevada carga tributária que seria imposta a este tipo de produto. Esta situação criaria um cenário propício para que houvesse o mercado de drogas legal e o ilegal, como existe no mercado de cigarro e de diversos outros produtos na economia.
O Brasil está acompanhando o desespero de drogados e familiares que querem se recuperar e não conseguem infraestrutura adequada. Se as drogas forem descriminalizadas estes males se alastrarão mais rapidamente. Pagará a conta o usuário, seus familiares e toda a sociedade não usuária que sofrerá os impactos do aumento de sobrecarga no sistema de saúde, já exaurido. Desta maneira, não existe dúvida que só haverá dois beneficiados: os empresários que produzirão e venderão drogas e os traficantes remanescentes que venderão a droga ilegal. A sociedade, de um modo geral, será duramente atingida. Tornar as drogas produtos legais é uma demonstração de fraqueza do Estado ao abrir mão da defesa dos seus cidadãos. É descriminalizar algo ao assumir que perdeu a guerra para o crime.
 
Legalização da exploração da prostituição
Hoje, no Brasil, prostituição não é crime. Crime é o rufianismo, que é a exploração da prostituição. Crime é ser cafetão ou cafetina. O argumento dos que defendem a legalização da prostituição é que pretendem proteger os direitos das prostitutas, garantindo-lhes os direitos trabalhistas e previdenciários. Na realidade, qualquer pessoa pode pagar a sua autonomia e garantir a sua previdência.
A legalização da prostituição como profissão obrigaria registros previdenciário e trabalhista neste ofício. O resultado disso é que estes registros, eternizados na documentação dessas mulheres, resultaria em um preconceito eterno, pois, nos próximos empregos que fossem pleitear, seria identificado o exercício da prostituição. Como o empregador não precisa justificar suas opções em uma seleção, certamente as oportunidades destas pessoas ficariam reduzidas.
Por outro lado, as mulheres que retiram recursos para a sobrevivência na prostituição querem ser identificadas? Querem aparecer? Isto porque, ao serem registradas, além de ter em seus documentos a designação da profissão, estarão sujeitas a fiscalização de órgãos públicos e poderão, em muitas situações, ficarem expostas. Qual seria o futuro impacto desta exposição na vida pessoal, profissional, ou familiar dessas mulheres? Como seus filhos seriam impactados? Qual a perspectiva futura da profissional da prostituição?
Em um país com um dos menores níveis de desemprego de sua história, principalmente em um momento que o mundo vive uma crise econômica que tem produzido desempregos astronômicos em diversos outros países, especialmente da Europa, não seria mais vantajoso para essas mulheres serem treinadas e encorajadas a exercerem outra profissão e deixarem a prostituição? Se fosse um ofício aceito com naturalidade pela sociedade, os pais, maridos, irmãos, filhos não se incomodariam que as mulheres de suas famílias o exercessem. A atividade realmente causa uma exposição negativa à imagem pessoal da mulher e, por conta disso, não há porque vulnerabilizar estas mulheres que precisam ser ajudadas, apoiadas e encorajadas à progressão social. Definitivamente a atividade fere os bons costumes.
Contudo, a legalização da profissão eliminaria a figura do cafetão e o rufianismo não seria crime, como é hoje. O maior beneficiário da legalização da prostituição seria o rufião, ou cafetão, que poderia, desde então, explorar legalmente a atividade, com restrições plenamente superáveis. Nada que inviabilizasse o “negócio”. Por isso, esta lei que seus defensores alegam defender a mulher que exerce a prostituição, na verdade torna, peremptoriamente, o rufianismo, de crime, a uma atividade econômica lucrativa, cujo foco do negócio é o corpo alheio. As marcas, psicológicas e físicas, estarão eternizadas nos corpos das mulheres que terão obrigações contratuais perante seus clientes e passarão de prostitutas, que podem deixar a qualquer hora a atividade, sem registros eternos, a escravas sexuais públicas eternas, enquanto o cafetão deixa de ser criminoso e passa a ser empresário.
 
Conclusão
É preciso, portanto, que a sociedade, de um modo geral, esteja atenta às modificações que querem inserir no ordenamento jurídico brasileiro. Devemos ter cuidado para, aproveitando-se de nossa falta de atuação, comprometimento ou discernimento, não aprovarem regras que afetarão nossas vidas, a vida de nossa família e toda sociedade. Como disse Montesquieu, “a injustiça contra um é uma ameaça contra todos”. Depois que a lei é aprovada, tem o efeito erga omnes (contra todos). A hora de agirmos é antes da aprovação, ou seja, agora.

Fonte: Gospel Prime

quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

Cristãos da China estão usando a internet para a evangelização

Cristãos da China estão usando a internet para a evangelizaçãoOs cristãos chineses estão compartilhando sua fé abertamente no Sina Weibo, uma rede social semelhante ao Twitter, que é controlada pelo governo da China. Muitos estão começando a desafiar a censura e falam sobre a perseguição religiosa.

Recentemente, uma banda cristã se apresentou em um programa de talentos da TV chinesa, o “Chinese Dream”, vários cristãos usaram as redes sociais para pedir votos para a banda. De acordo com a mídia chinesa, dentro de poucos dias, milhares de votos dessa campanha ajudaram a manter o grupo entre os líderes por sete semanas.

O governo chinês controla a internet do país e proíbe o acesso a redes sociais ocidentais como Facebook e Twitter. No lugar delas existem os weibos (microblogs). Desde que foi criado, em 2009, a empresa líder do segmento, Sina Weibo , já atraiu mais de 400 milhões de usuários, e esse número está aumentando. O que dificulta o monitoramento de todas as mensagens postadas todos os dias.

Segundo o Centro de Informação sobre a Internet da China, cerca de 40% da população do país tem acesso à Internet. Para efeitos de comparação, há mais usuários dos microblogs em solo chinês que as populações da Argentina, Uruguai, Brasil, Paraguai, Bolívia e Venezuela somadas. O fato de os chineses cristãos começarem a compartilhar sua fé no weibo é digno de nota e sabe-se que essas mensagens estão atingindo um grande público.

De acordo com um site cristão da China, um dos principais blogueiros da fé é Shiy Pan, um bilionário do ramo imobiliário que frequentemente compartilha “orações aos domingos” com seus mais de seis milhões de seguidores.

Para as igrejas cristãs, a internet tornou-se a nova fronteira do movimento de expansão da fé cristã na China. Mas não é apenas para evangelização. Os cristãos daquele país estão fazendo campanhas de oração e até mesmo discutindo a falta de liberdade religiosa, um assunto proibido.

Curiosamente, a limitação das postagens dos weibo são os mesmos 140 caracteres que os ocidentais. Mas por causa da peculiaridade da línguas chinesa, 140 caracteres são equivalentes a 70 ou 80 palavras em português. Isso é suficientes para iniciar um debate ou dar um breve testemunho. Eles também podem anexar fotos e vídeos. Um prova dessa ousadia crescente entre a comunidade cristã chinesa surgiu em agosto do ano passado, quando foi postada uma foto mostrando um jovem segurando um cartaz com a mensagem do Evangelho em uma praça pública. Apesar de o governo não permitir isso, a imagem foi repassada milhares de vezes pelos usuários. Logo, surgiram outras do gênero.

Uma foto de uma menina segurando um cartaz amarelo com uma cruz e a frase “Creia em Jesus e receba a vida eterna” também fez grade sucesso. Ela estava num praça pública em Shenzhen, enquanto seus pais compartilharam sua fé com os transeuntes. De acordo com o jornal Gospel Times, 20 pessoas aceitaram entregar suas vidas a Jesus naquele dia. O pai da menina, posteriormente agradeceu a comunidade cristã online para encorajamento, dizendo: “[Vocês] me deram muita força. Que o evangelho se fortaleça na China e salve esse país e essas pessoas do pecado. Que Deus receba todo o louvor e glória”.

De acordo com agências cristãs que trabalham na China, o país tem apenas 14 milhões de fieis ‘registrados’ (incluindo católicos e evangélicos), cujas igrejas estão sob o controle do Estado oficialmente comunista e ateu. No entanto, calcula-se que quase cinco vezes esse número são de cristãos não registradas, e, portanto, ilegais, que se reúnem em igrejas domésticas.

O governo chinês conhece bem o poder das mídias sociais e sabe do papel de destaque que elas tiveram durante a chamada “Primavera Árabe”, que mudou a história de várias nações. Talvez por isso, optou por uma censura seletiva. Segundo o site cristão Greatfire.org , as autoridades já bloquearam 1.700 termos de pesquisa no weibo, incluindo expressões religiosas, como “Dalai Lama” e “Falun Gong” (uma seita oriental). Mas é impossível acompanhar todas as discussões. O grupo religioso Fórum 18, com sede na Noruega, revela, inclusive, que assuntos como a prisão do pastor iraniano Yousef Nadarkhani, foram extensamente comentados.

Segundo jornal britânico Daily Telegraph, metade dos usuários de Internet da China têm menos de 25 anos e passam cerca de 16,5 horas online por semana. A rede também seria um “substituto” dos irmãos e irmãs negado a eles pela política chinesa de que casa família só pode ter um filho.

Outro aspecto destacado pelo Forum 18 são iniciativas como a de Martin Johnson, um ativista que lançou seu próprio site de microblog chamado Freeweibo.com, que não se submete à censura do governo, por estar hospedado fora de solo chinês. Mesmo as autoridades tendo se esforçado para bloquear o acesso, cada vez mais usuários tem usados atalhos tecnológicos para usando conexões de internet que podem ser reencaminhadas internacionalmente.

Segundo relatos dos EUA, a China agora tem 63,5 milhões de usuários do Facebook e mais de 35 milhões no Twitter, apesar de serem proibidos pelo governo. Contudo, o Fórum 18 acredita que os weibo poderão ajudar a “promover a liberdade religiosa na China” e mudar sua realidade espiritual em um curto espaço de tempo. Traduzido de Compass Direct News.
Fonte: Gospel Prime